Potencial de Produção de Energia Elétrica
O setor energético é uma vitrine para o país. Todo brasileiro pode se orgulhar de sua matriz energética porque realmente poucos países têm esse quadro, tanto na geração de energia elétrica como no setor de transportes, avalia Maurício Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), órgão público responsável por estudos e pesquisas que servem para subsidiar o planejamento do setor energético.A participação da hidreletricidade é um dos destaques na matriz energética brasileira. O país tem o terceiro maior potencial hidráulico do mundo, atrás da China e da Rússia, e até agora só utilizou um terço desse potencial. É claro que temos um desafio porque grande parte do que falta ser explorado está na região amazônica, que tem uma riqueza de biodiversidade que deve ser preservada. Mas não é incompatível o objetivo de preservação da Amazônia e a construção de hidrelétricas, diz Tolmasquim. Apesar de reconhecer o avanço na diversificação da matriz energética desde a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio92), realizada há 20 anos, o coordenador da Campanha de Energia do Greenpeace, Ricardo Baitelo, avalia que o país poderia estar mais bem posicionado no desenvolvimento de outras fontes renováveis, como biomassa e pequenas centrais hidrelétricas, que, na sua avaliação, estão sendo “desprestigiadas”.Em 1994, estimava-se que o país possuía potencial hidrelétrico em mais de 260 mil MW e a capacidade nominal instalada de produção encontrava-se na casa dos 60 mil MW de energia elétrica. Desse total, 90% era obtido em usinas hidrelétricas e 10% em termelétricas.O Rio Grande do Sul e Santa Catarina, possuem usinas termelétricas devido a disponibilidade de carvão mineral, tornando básicos os gastos com transportes. Há usinas termelétricas também, em São Paulo, por apresentar duas vantagens: o custo de instalação de uma usina termelétrica é bem menor do que de uma hidrelétrica, e a localização de uma usina hidrelétrica é determinada pela topografia do terreno, enquanto uma termelétrica pode ser instalada em locais mais convenientes.Atualmente, no estado de São Paulo, muitas usinas de açúcar e álcool estão usando a queima de bagaço da cana-de-açúcar como fonte primaria para a produção de energia e tornaram-se auto-suficientes.
O maior potencial hidrelétrico instalado no Brasil encontra-se na bacia do rio Paraná. Essa bacia drena a região onde se iniciou efetivamente o processo de industrialização brasileiro e que por isso conseguiu receber mais recursos investidos em infra-estrutura. Mas, o maior potencial disponível do país está nos afluente do rio Amazonas, na região norte, onde a básico adensamento de ocupação humana e econômica não atraiu investimentos.A construção de pequenas e medias usinas ao longo da área atendida pelos grandes projetos de extensão mineral e siderúrgicas causaria um impacto ambiental menor e diminuiriam as perdas na transmissão da energia.
O setor energético é uma vitrine para o país. Todo brasileiro pode se orgulhar de sua matriz energética porque realmente poucos países têm esse quadro, tanto na geração de energia elétrica como no setor de transportes”, avalia Maurício Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), órgão público responsável por estudos e pesquisas que servem para subsidiar o planejamento do setor energético.
A participação da hidreletricidade é um dos destaques na matriz energética brasileira. O país tem o terceiro maior potencial hidráulico do mundo, atrás da China e da Rússia, e até agora só utilizou um terço desse potencial. “É claro que temos um desafio porque grande parte do que falta ser explorado está na região amazônica, que tem uma riqueza de biodiversidade que deve ser preservada. Mas não é incompatível o objetivo de preservação da Amazônia e a construção de hidrelétricas”, diz Tolmasquim.
Outra fonte com potencial de crescimento no país é a eólica, aquela que gera energia com a força dos ventos. O potencial instalado de geração eólica é 143 mil megawatts-hora (dez vezes mais que a geração da Usina Hidrelétrica de Itaipu). Hoje, o país está em vigésimo lugar em geração de energia em termos mundiais e deve chegar ao fim deste ano em décimo lugar.
Os leilões de energia eólica que vêm sendo realizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) têm contribuído para aumentar a participação dessa fonte na matriz energética, aumentando a escala de produção de equipamentos, o que acaba barateando o custo dessa energia. A estimativa da EPE é chegar ao final de 2012 com mais de 3 mil megawatts de potencial instalado de energia eólica e, ao final de 2014, o país deve chegar a 7 mil megawatts.
Já o uso de energia solar é pequeno, pois essa fonte ainda é bastante cara no país. Mas Tolmasquim acredita que a aprovação da Aneel para a instalação de pequenos geradores residenciais de energia solar para a troca eletricidade com as distribuidoras poderá impulsionar o mercado. “As perspectivas são muito boas. A tendência é que ela [energia solar] rapidamente vá ficando mais competitiva”.
Nos próximos dez anos, a expectativa do governo é aumentar o percentual de participação do conjunto das fontes renováveis de energia. Segundo estimativas da EPE, a presença desses recursos vai passar dos atuais 44,1% para 46,3% em 2020. “O nosso maior desafio é garantir o desenvolvimento do país mantendo a participação de renováveis na produção de energia. E a resposta é sim, o Brasil pode crescer mantendo alto nível de renováveis seja nos recursos de rios, biomassa, vento e sol. Temos um grande potencial”, prevê Tolmasquim.
Apesar de reconhecer o avanço na diversificação da matriz energética desde a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio92), realizada há 20 anos, o coordenador da Campanha de Energia do Greenpeace, Ricardo Baitelo, avalia que o país poderia estar mais bem posicionado no desenvolvimento de outras fontes renováveis, como biomassa e pequenas centrais hidrelétricas, que, na sua avaliação, estão sendo “desprestigiadas”.
Ele também critica os altos investimentos previstos no país para os próximos anos nos setores de petróleo e gás, incluindo a área do pré-sal, em detrimento de fontes renováveis. “Estamos bem avançados no desenvolvimento de fontes renováveis, mas, na hora de ver os investimentos, eles estão indo com maior intensidade para o petróleo”. Para o Greenpeace, a Rio+20 não vai resultar em avanços significativos em relação ao setor energético. “A gente ainda carece de uma política nacional para fontes renováveis”, diz Baitelo.
A matriz elétrica brasileira, que inclui apenas as fontes que servem para a geração de energia elétrica, tem uma participação de 88,8% de fontes renováveis. A média mundial é 19,5% e, entre os países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a média é 18,3%.
O setor energético é uma vitrine para o país. Todo brasileiro pode se orgulhar de sua matriz energética porque realmente poucos países têm esse quadro, tanto na geração de energia elétrica como no setor de transportes”, avalia Maurício Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), órgão público responsável por estudos e pesquisas que servem para subsidiar o planejamento do setor energético.
A participação da hidreletricidade é um dos destaques na matriz energética brasileira. O país tem o terceiro maior potencial hidráulico do mundo, atrás da China e da Rússia, e até agora só utilizou um terço desse potencial. “É claro que temos um desafio porque grande parte do que falta ser explorado está na região amazônica, que tem uma riqueza de biodiversidade que deve ser preservada. Mas não é incompatível o objetivo de preservação da Amazônia e a construção de hidrelétricas”, diz Tolmasquim.
Outra fonte com potencial de crescimento no país é a eólica, aquela que gera energia com a força dos ventos. O potencial instalado de geração eólica é 143 mil megawatts-hora (dez vezes mais que a geração da Usina Hidrelétrica de Itaipu). Hoje, o país está em vigésimo lugar em geração de energia em termos mundiais e deve chegar ao fim deste ano em décimo lugar.
Os leilões de energia eólica que vêm sendo realizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) têm contribuído para aumentar a participação dessa fonte na matriz energética, aumentando a escala de produção de equipamentos, o que acaba barateando o custo dessa energia. A estimativa da EPE é chegar ao final de 2012 com mais de 3 mil megawatts de potencial instalado de energia eólica e, ao final de 2014, o país deve chegar a 7 mil megawatts.
Já o uso de energia solar é pequeno, pois essa fonte ainda é bastante cara no país. Mas Tolmasquim acredita que a aprovação da Aneel para a instalação de pequenos geradores residenciais de energia solar para a troca eletricidade com as distribuidoras poderá impulsionar o mercado. “As perspectivas são muito boas. A tendência é que ela [energia solar] rapidamente vá ficando mais competitiva”.
Nos próximos dez anos, a expectativa do governo é aumentar o percentual de participação do conjunto das fontes renováveis de energia. Segundo estimativas da EPE, a presença desses recursos vai passar dos atuais 44,1% para 46,3% em 2020. “O nosso maior desafio é garantir o desenvolvimento do país mantendo a participação de renováveis na produção de energia. E a resposta é sim, o Brasil pode crescer mantendo alto nível de renováveis seja nos recursos de rios, biomassa, vento e sol. Temos um grande potencial”, prevê Tolmasquim.
Apesar de reconhecer o avanço na diversificação da matriz energética desde a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio92), realizada há 20 anos, o coordenador da Campanha de Energia do Greenpeace, Ricardo Baitelo, avalia que o país poderia estar mais bem posicionado no desenvolvimento de outras fontes renováveis, como biomassa e pequenas centrais hidrelétricas, que, na sua avaliação, estão sendo “desprestigiadas”.
Ele também critica os altos investimentos previstos no país para os próximos anos nos setores de petróleo e gás, incluindo a área do pré-sal, em detrimento de fontes renováveis. “Estamos bem avançados no desenvolvimento de fontes renováveis, mas, na hora de ver os investimentos, eles estão indo com maior intensidade para o petróleo”. Para o Greenpeace, a Rio+20 não vai resultar em avanços significativos em relação ao setor energético. “A gente ainda carece de uma política nacional para fontes renováveis”, diz Baitelo.
A matriz elétrica brasileira, que inclui apenas as fontes que servem para a geração de energia elétrica, tem uma participação de 88,8% de fontes renováveis. A média mundial é 19,5% e, entre os países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a média é 18,3%.
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